Esta é uma frase que o meu pai usava sempre quando profetizava a situação futura do país e do mundo. Eu pensava profundamente sobre o assunto e minha mente de criança ficava aterrorizada.
O fato é que estamos mesmo caminhando para esse futuro. A Europa está em crise, a América do Sul faz um esforço titânico (e com resultados positivos pouco prováveis) para limpar um passado de corrupção e exploração, a África livrou-se da escravatura dos brancos para se dedicar a uma "autoescravatura", os Estados Unidos capitalizaram tudo o que restava a ser capitalizado, o Médio Oriente e o Mundo Árabe nunca estiveram tão perto de conseguir a sua maior vocação (provocar uma terceira guerra mundial) e países ditos neutros, como é o caso da Cabo Verde, estão a borrar-se de medo.
Eu, sinceramente, estou apavorado. Decidi preparar-me para uma morte anunciada juntamente com todo o resto dos seres vivos, filhos de Mãe-terra. Com meu corpo vão meus sonhos e minha humanidade que esvair-se-á no espaço.
O mundo está em agonia e a sua doença prolongada, provocada pelo mais inteligente dos seus filhos, está prestes a terminar.
O mais triste é que não irá restar ninguém para o funeral.
Imagem: "Triumph of death" de Pieter Bruegel
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