Já lá vão 2 anos que os países de língua oficial portuguesa rubricaram o novo acordo ortográfico, com uma fase experimental seguida de implementação. Tudo isso num período de seis anos. Depois disso tenho reparado que em Portugal alguns passos têm sido dados, nomeadamente a RTP já o utiliza em fase experimental, assim como alguns jornais, como é o caso do Expresso. Programas televisivos tanto em Portugal como no Brasil começam a chamar a atenção sobre este fato.
Em Cabo Verde, como já seria de esperar, a reação é negativa. Porém há quem apoie a mudança, como é o caso do escritor Germano Almeida, que o declarou anteriormente à RCV, tendo em conta que a língua de Camões tem sempre sofrido mudanças ao longo dos anos e dos séculos.
Até agora, nada foi feito em Cabo Verde, excluindo a preocupação de alguns pais em relação ao aprendizado dos filhos que fazem parte do regime experimental. Mesmo alguns jornalistas dizem que só farão alguma coisa quando realmente houver alguma decisão a nível superior.
O que vai acontecer, com certeza, é uma grande confusão quando Cabo Verde decidir entrar para o regime experimental, fazer programas televisivos, incentivar sessões de esclarecimentos nas instituições de ensino públicos e privados. Isso porque, estou certo, iremos tomar alguma decisão, como é já usual no seio de nós caboverdeanos, apenas quando o prazo já estiver expirado.
Pobres jornalistas e escritores... coitados dos nossos filhos!
Meu amigo, há um detalhe que está lhe faltando. Em Portugal, assim como o Brasil, o acordo já é lei, por isso, não é timidamente que a RTP o usa, mas o usa porque é lei, assim com toda a mídia lusa e brasileira, que no entanto, permitem que alguns jornalistas e cronistas escrevam no português anterior, com referência a tal excepção. Em Cabo Verde o parlamento ainda não aprovou a lei, apesar de ter ratificado o acordo, por isso, quem escrever publicamente em meios oficiais está a incorrer numa ilegalidade.os jornalsitas de Cabo Verde não podem esperar nenhuma decisão superior, mas tão somente o devem usar quando a lei for aprovada, assim como na escola, etc.
ResponderEliminarTony Aguiar
aguiartony@live.pt
Caro Tony, agradeço o esclarecimento. Porém mantenho essa linha de ideia: estou quase ciente que estaremos em atraso. E é dessa decisão superior que todos estaremos à espera. Porque não adiantarmos e termos o tempo necessário para adaptarmos ao que já foi acordado?
ResponderEliminarAbraço