Na nona vez em que Billy Crystal foi anfitrião da festa máxima do cinema, com muito glamour à mistura, "O Artista" foi o escolhido para Melhor Filme. O filme francês consagrou-se o melhor de 2011, arrebatando ainda a estatueta para realização e melhor ator. Meryl Streep conquistou o galardão para Melhor Atriz.
Não dava para pregar olho perante um espetáculo dessa categoria e fiquei entre a TVI e a Canal+ a ver os últimos acontecimentos.
"O Artista", a estrela da noite, levou o Óscar para Melhor Filme, tendo o seu realizador Michel Hazanavicius conseguido a estatueta de realização, destronando Martin Scorsese que no seu primeiro filme 3D - "Invenção de Hugo" - não conseguiu convencer a Academia, tendo que se contentar com as categorias técnicas. Aí foi majestade e conseguiu tantas estatuetas douradas quanto "O Artista".
O Óscar para Melhor Atriz, por sua vez, não escapou a Meryl Streep, que conquistou a sua terceira estatueta, em 17 nomeações. O que aliás levou Billy Cristal a sugerir que Meryl Streep já merecia um outro Óscar só pelas vezes que teve de sorrir a ouvir o nome de outra vencedora.
Mais surpreendente foi a entrega da Melhor Montagem ao filme norte-americano "Os homens que odeiam as mulheres", que adapta o primeiro livro "Millenium" de Stieg Larsson "A Rapariga com a Tatuagem do Dragão".
O Melhor Filme Estrangeiro foi para o Irão, "A Separation", que mereceu o primeiro discurso político. Nos argumentos, o melhor adaptado foi para "Os Descendentes", enquanto o original foi para Woody Allen, com "Meia-noite em Paris". De resto, nada de surpresas aí.
O Melhor Filme de Animação foi "Rango", tendo os "Marretas" recebido o galardão pela Música Original, batendo os brasileiros Sérgio Mendes e Carlinhos Brown pelo filme de animação Rio.
Nas curtas-metragens ganhou na ficção "The shore", da Irlanda; na de animação ganhou "Fantastic flying books of mr. Morris Lessmore"; e no documentário "Saving Face", que mereceu uma menção às mulheres paquistanesas "que lutam pela mudança e não desistam dos vossos sonhos". Nos documentários longos ganhou "Undefeated".
Foi a 84ª. cerimónia dos Óscares que decorreu no mesmo teatro em Hollywood, mas este ano já sem poder ostentar o patrocínio Kodak, devido ao pedido de falência da empresa. Billy Cristal não deixou passar o facto, chamando o Teatro "Chapter 11" (lei dos processos de insolvência nos Estados unidos) ou "new name theatre" (teatro com novo nome). Este ano o Teatro Kodak foi simplesmente o "Hollywood and Highland Center".
Sem comentários:
Enviar um comentário